Plano de ataque "levou meses" e "sem mundo saber"

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Intervém agora na conferência de imprensa o Chefe do Estado-Maior Conjunto, Dan Caine.
A alta patente militar dá mais detalhes sobre o plano “Midnight Hammer” [Martelo da Meia-Noite, em português], que atacou três instalações nucleares iranianas.
“Foi uma operação complexa e com elevado grau risco”, descreveu Dan Caine, que elogiou os “padrões elevados” norte-americanos na operacionalização dos planos.
Esta operação “reflete a forma de os Estados Unidos projetaram poder globalmente com velocidade e precisão”. “Foi uma missão confidencial com poucas pessoas em Washington a saberem os detalhes operacionais.”
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Pete Hegseth refere que o Presidente Donald Trump não deseja “começar guerras”.
Contudo, sempre que estiverem em causa “parceiros, pessoas ou interesses” dos EUA, Donald Trump não descarta responder de forma “decisiva e rápida”.
“O Irão deve ouvir. Trump está a falar a sério”, termina Pete Hegseth.
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O secretário da Defesa elogia agora os pilotos, os membros do Pentágono pelo “trabalho excelente que fizeram”, deixando também uma palavra de agradecimento a Israel.
Pete Hegseth afirmou que este plano para atacar instalações nucleares iranianas levou “meses” a ser preparado, até que o Presidente norte-americano desse a ordem do ataque.
Para o secretário da Defesa, foi algo “histórico” e elogiou o facto de o mundo “não ter sabido” de antemão, apanhando o regime iraniano desprevenido.
Pete Hegseth indicou que ainda que esta operação foi “ambiciosa” e os bombardeiros B-2 tiveram a sua “maior operação desde 2001”.
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Pete Hegseth está a deixar vários elogios ao Presidente norte-americano durante a conferência de imprensa.
O secretário da Defesa saúda a visão “visionária e corajosa” de Donald Trump para o Irão. “Muitos Presidentes sonharam dar o golpe final no programa nuclear iraniano. Ninguém o conseguiu até o presidente Trump.”
Pete Hegseth declara que a dissuasão americana “está de volta”. “Quando este Presidente fala, o mundo vai ouvir.”
O secretário da Defesa lembrou que Donald Trump deu 60 dias ao Irão para entrar em negociações. Passado esse prazo, Israel atacou o Irão. “Trump estava a falar a sério”, garantiu Pete Hegseth.
“Esta não é antiga administração. Trump procura a paz e o Irão deve seguir esse caminho”, disse Pete Hegseth.
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Depois do ataque ao Irão, João Oliveira (PCP) diz que os EUA são a “maior ameaça à paz mundial”. Apela ao Governo que condene esta agressão e que tire as teimas sobre a utilização da Base das Lages.
Ouça aqui a análise do eurodeputado João Oliveira.
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O secretário da Defesa norte-americano, Pete Hegseth, considera que os ataques dos Estados Unidos contra três instalações nucleares foram um “esmagador sucesso”.
Numa conferência de imprensa no Pentágono, o secretário da Defesa declarou que os Estados Unidos devastaram “o programa nuclear iraniano”.
Pete Hegseth acrescentou que os Estados Unidos não atingiram alvos militares ou o “povo iraniano”.
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O Papa Leão XIV alertou hoje para o risco de se ignorar a emergência humanitária em Gaza, um território palestino devastado por mais de 20 meses de ataques pelas forças israelitas.
Depois de dizer que “hoje mais do que nunca, a humanidade clama pela paz” perante as novas “notícias alarmantes vindas do Oriente Médio”, depois dos ataques dos Estados Unidos contra o Irão, o Papa lembrou que “o sofrimento diário das populações corre o risco de ser esquecido, particularmente em Gaza”.
Em Gaza, alertou o Papa, “a urgência de ajuda humanitária torna-se cada vez mais premente”, falando no final da oração semanal do Angelus no Vaticano, referindo um “contexto dramático”, que inclui Israel e Palestina, e declarando que “não existem conflitos longínquos quando a dignidade humana está em jogo”.
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Nuno Gouveia, especialista em política norte-americana, lembra a correlação de forças no Congresso norte-americano e diz que o ataque ao Irão “não é surpreendente”.
Ouça aqui a análise de Nuno Gouveia.
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O Livre questionou hoje o primeiro-ministro sobre a intensificação da utilização da Base das Lajes, nos Açores, pela Força Aérea norte-americana, e pediu ao Governo que se oponha ao objetivo da NATO de investir 5% do PIB em Defesa.
Numa pergunta dirigida ao chefe do executivo PSD/CDS-PP, Luís Montenegro, a bancada do Livre pretende saber se o Governo foi informado do propósito da utilização da Base das Lajes, no arquipélago dos Açores, por parte da Força Aérea norte-americana, que nos últimos dias intensificou a sua presença com mais de uma dezena de aeronaves reabastecedoras no local.
Dado o atual contexto de tensão no Médio Oriente, o Livre pergunta se o Governo português pode garantir que os aviões dos EUA que passaram por aquela base “não foram utilizados para atacar o Irão ou de outro modo auxiliar tal ataque, ao arrepio do Direito Internacional”.
Na pergunta, assinada pela líder parlamentar, Isabel Mendes Lopes, o Livre pretende saber se o executivo nacional foi “informado antecipadamente” dos ataques dos EUA ao Irão — que na noite de sábado bombardearam as três principais instalações envolvidas no programa nuclear iraniano — e que posição pretende tomar relativamente a estes ataques, “tanto a nível nacional como junto dos parceiros europeus”.
“Considera o Governo que estes ataques respeitam o Direito Internacional, designadamente com a Carta das Nações Unidas? Caso não considere, o que pretende o Governo fazer junto da ONU para condenar estes ataques?”, lê-se no documento.
O Livre quer ainda saber que medidas é que foram ou serão adotadas para garantir que o território nacional, “em particular a Base das Lajes, e incluindo o espaço aéreo português, não são, direta ou indiretamente, utilizados para facilitar ações contrárias ao Direito Internacional”.
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O grupo xiita libanês Hezbollah declarou hoje que não vai atacar alvos norte-americanos ou israelitas, após os ataques dos Estados Unidos contra o Irão.
“Irão é um país forte capaz de se defender e a lógica dita que pode confrontar a América e Israel”, declarou o grupo, citado pelo Times of Israel.
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Luís Tomé afirma que os regimes russos e iraniano têm os mesmos objetivos e que Putin poderá apoiar “discretamente” o sistema nuclear do Irão. Garante que Netanyahu conseguiu instrumentalizar os EUA.
Ouça aqui a análise de Luís Tomé.
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Orlando Samões cita Kaia Kallas e aponta que as negociações podem ser uma consequência do enfraquecimento nuclear do Irão.
Ouça aqui a análise de Orlando Samões.
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EUA usaram os ‘aviões invisíveis’ para atacar o Irão, capazes de fugirem aos radares e de se manterem em voo de forma ininterrupta. Foram lançadas bombas que atingem alvos a 60 metros de profundidade.
O que são os bombardeiros estratégicos B-2 e bombas GBU-57 com os quais os EUA atacaram o Irão?
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O Presidente do Irão, Masoud Pezeshkian, disse este domingo que os Estados Unidos se juntaram a Israel pela “impotência” de Telavive em lutar contra o Irão.
O líder iraniano sublinhou que foi uma prova de como os Estados Unidos sempre estiveram informados sobre o que Israel ia fazer no Irão.
“Apesar de eles tentaram limitar o seu papel, após a resposta decisiva das forças armadas [do Irão] e a observação que o regime sionista [Israel] demonstrava uma óbvia inabilidade, eles juntaram-se”, afirmou Masoud Pezeshkian, citado na imprensa internacional.
O Presidente promete que haverá uma resposta aos ataques norte-americanos. “A nação iraniana mostrou repetidas vezes que não vai poupar esforços para proteger a água e o solo desta terra.”
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Bruno Gonçalves, especialista em energia nuclear referiu que o Uranio pode ser perigoso, mas devido a localização da base não é motivo para entrar em pânico.
Ouça aqui a análise de Bruno Gonçalves.
O ataque dos EUA às infraestrutura do Irão só terá “efeitos locais no ar”
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Major-general João Vieira Borges não tem dúvidas sobre o impacto do ataque norte-americano contra o Irão: “Estamos em guerra, não é preciso dizê-lo”. Irão pode responder, mas com capacidade “reduzida”.
Ouça aqui a análise do Major-General João Vieira Borges.
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A cidade iraniana de Bushehr está a ser alvo de ataques israelitas, avança a imprensa de Teerão.
A large explosion is heard in #Iran’s southern city of Bushehr, Shargh newspaper reports. https://t.co/UMQ1h6n5rm pic.twitter.com/7Wd08WtUWz
— Al Arabiya English (@AlArabiya_Eng) June 22, 2025
Ouviu-se uma grande explosão na cidade localizada no sul do Irão, onde a Rússia controla uma instalação nuclear.
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O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, falou ao telefone com o Presidente do Irão, Masoud Pezeshkian.
Spoke with President of Iran @drpezeshkian. We discussed in detail about the current situation. Expressed deep concern at the recent escalations. Reiterated our call for immediate de-escalation, dialogue and diplomacy as the way forward and for early restoration of regional…
— Narendra Modi (@narendramodi) June 22, 2025
Os dois líderes “discutiram em detalhe a situação atual”, escreveu Narendra Modi no X, tendo expressado a sua “preocupação pela escalada recente”.
O primeiro-ministro indiano reiterou a necessidade de uma “desescalada” das tensões no Médio Oriente.
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O líder do Crescente Vermelho iraniano, Pir Hossein Kolivand, disse que não houve mortes a registar na sequência dos ataques norte-americanos no Irão.
“Felizmente, não temos mártires da agressão norte-americana contra as instalações nucleares do Irão”, disse Pir Hossein Kolivand, citado pelo Times of Israel.
Ainda assim, a imprensa iraniana confirmou a existência de “vários feridos”, não contabilizando quantos.
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Foram ativadas as defesas antiaéreas foram no leste de Teerão, avanlçou a imprensa estatal iraniana citada pela Sky News.
observador